Quando as disputas estaduais e nacionais se conflitam. Os pré-candidatos ao governo da Paraíba ainda precisam decidir se seguirão a “verticalização” em relação aos presidenciáveis ou se peitarão as legendas e seguirão por outros caminhos. Talvez os partidos até “fechem os olhos”.
Vejamos: o vice-governador Lucas Ribeiro é filiado ao Progressistas, partido comandado por Ciro Nogueira, que tem se escalado como uma opção de vice da pretensa chapa bolsonarista. Mas, Lucas avisou que o presidente Lula terá lugar garantido em seu palanque.
O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, também do Progressistas e na disputa pela base governista, tem flertado com Lula. Dá sinais de que a candidatura é irreversível e, se não for pelo PP, tem o PSDB – oposição a Lula – e o Avante como opções. Caso saia em terceira via, quem subirá em seu palanque?
Já o deputado estadual Adriano Galdino, uma das lideranças do Republicanos no estado, tem apoiado o atual presidente da República desde 2018. E um de seus lemas de pré-campanha é ser o “único” pré-candidato ao governo que apoia o petista.
Mas, o Republicanos parece ter outros planos com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, na agulha. Não sendo ele, a tendência é seguir o nome apontado por Jair Bolsonaro (PL).
Na oposição, o senador Efraim Filho, ainda filiado a um União Brasil dividido nacionalmente, se abraçou com o PL na Paraíba. Aliás, o único partido que não tem conflitos de cima para baixo é o PL, comandado por Marcelo Queiroga no estado. Os palanques nacional e estadual estão mais do que alinhados.
Já Pedro Cunha Lima, no comando do PSD estadual, torce por Tarcísio de Freitas, mas seu partido tem dois pretensos presidenciáveis: os governadores do Paraná, Ratinho Júnior, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, já avisou a Lula que a legenda está na pista de 2026.
Publicado há 3 meses